sábado, 28 de fevereiro de 2015

Ode ao sorvete na testa: o “mimimi” da “neodireita” parida pela grande mídia e capacha dos grupos mais reacionários


Aos que ficam postando e replicando insanidades nas redes sociais ampliando-se o fosso que separa a realidade e a profunda estupidez.

Passado um período de forte e perversa opressão da vilania militar (1964-1985), com sangue, dores e luta, o Brasil entrou numa fase de democratização (ainda que lenta e incipiente, mas ainda melhor que o julgo dos psicopatas fardados). Não foi fácil e sequer a maioria das pessoas de hoje não sabe ou não compreenderam aquele momento trágico da história nacional. Há várias razões para isto, entre elas temos que para uns porque pouco importa o país, o umbigo é acima de tudo; outros por pura falta de ignorância e gozo da estupidez da percepção de mundo; e, por último, aqueles por ingenuidade acredita que um país bom é aquele onde existe um coturno para chutar a bunda daqueles que não seguem as leis (é claro, as leis dos generais trogloditas).

Hoje, o mundo digital tomou conta da esfera pública e se tornou mais um vício para um segmento da sociedade. Nunca se viu um processo tão simples e desastroso de imbecilização social. Certamente, nenhum grande teórico das comunicações imaginaria que em pouco tempo que a banal vida das pessoas, aqueles típicos comezinhos, se tornaria o assunto principal de todo mundo. Daí o sucesso dos programas imbecilizados de "reality show", ou seja, a fofoca completamente inútil, estéril e patética em tempo real. Conhecimento real e excesso de informações catárticas jamais significaram as mesmas coisas e estão bem distantes uma da outra.

Ademais, a fofoca de digitalizou os debates são tão profundo quanto um pires. Neste contexto bizarro, o arsenal de mentiras e insanidade toma conta das redes. Cada vez mais, postagens de mentiras grosseiras são postadas e replicadas sem que as pessoas responsáveis por sua replicação tenha a menor noção do que diabo está fazendo ao alimentar tamanha insanidade coletiva.

Agora, após menos de dois meses do início do novo mandato de uma presidenta que foi eleita pela a maioria da população, o grupo de raposas descontentes ventilam de forma canalha e desonesta o tal insano "impeachment". A estupidez é a irmã siamesa da intolerância. As classes dominantes sabem que nada mais estúpida, invejosas, pseudo-intelectualizada e reacionária que parte significativa das classes médias e dos emergentes instantâneos, que odeiam pobres (por não se considerarem nesta categoria), fazem ojeriza por tudo que é público (por se recusarem a utilizarem tais serviços) e acreditam de pés juntos que irão ser milionários se o PT e as esquerdas forem para Marte. Se tiverem mais sorte, tais classes irão fazer alguma visitinha nos parques temáticos de "imersão cultural" dos EUA ou irão fazer trabalhos braçais por lá, coisa que jamais tais pessoas ousariam fazer no Brasil! Questão onde a cobiça e a inveja pode dar alguma explicação. É no seio de um nicho de agentes passíveis de orquestração do ódio em que opera os agentes da barbárie.

Um exemplo tosco é uma suposta chamada para uma passeata "pró-impeachment" excretada por dos boçais fascistas que fugiram das aulas de história, e acreditam que o mundo é visto a partir da igualmente fascista Revista Veja e seus patrícios midiáticos que ventilam ódio para as classes médias (curiosamente, as que mais se beneficiaram diretamente dos governos que ela diz agora não mais gostar. Mas a memória é curta e a inteligência é escassa!). Curioso que todo este circo é patrocinado pelos tucanos. Por que não fazer um protesto contra falta de água de São Paulo? Simples, pois toda a imprensa nunca fala mal dos tucanos e todos os seus protegidos espertalhões (a omissão nos noticiários de delitos praticados por tucanos são esquecidos ou amenizados). 

É lamentável ter posturas fascistoides de pessoas (a esmagadora maioria sequer saber o que significa o termo fascismo, mas aderem a causa em seus moldes modernizados), e, do meu ponto do vista, recomendo seriamente a procurarem uma boa terapia de reflexão política e voltem urgentemente para as aulas de História, com um bom professor (não com qualquer recalcado reacionário).

Ademais, antes de replicarem besteirol nas redes sociais, abra um bom livro de História. Fazendo uso deste instrumento, poderão tecer dois favores: um para si mesmo, podendo conhecer fatos que mais passaram por suas cabeças; outro é não correr risco de se passar por idiotas postando besteiras alheias que sequer a pessoa sabe o seu conteúdo.

Sim, a importância das lutas sociais é fundamental para a justiça e a democracia, contra os opressores reais de uma sociedade brutalmente desigual. É fundamental saber quem é opressor e quem é oprimido, sob o risco de apenas ser mais um lacaio imbecil sendo usando pelo opressor. Dentro de uma sociedade de brutalidade desigual, a crítica e a luta sempre devem ser contra os opressores, seja lá quem forem, mas nunca a serviço deles contra os que mais são oprimidos. Precisamos ampliar a democracia e os os meios de comunicação como ferramentas éticas de justiça social e não para serem elementos de maior opressão, tal como os fascistas fazem em sociedades com lapso de memória histórica e social.

Nada melhor na vida que a prudência e a reflexão. Nada melhor na vida do que usar aquela coisa abandonada em tempos de autismo político: o cérebro, aliada com o bom senso e a sensibilidade (conteúdos que estão sendo mais devastados com maior velocidade do que a floresta amazônica). A vida sempre é muito mais complexa do que aparenta ser. Soluções mágicas são como colocar um colírio para quem já e cego. Para a cegueira política, o melhor remédio continua sendo o estudo de forma honesta e a percepção que o mundo não pode ser um lugar para que 1% da população utilize suas botas em cima dos outro 99%.


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