domingo, 1 de setembro de 2024

DECOLONIALIDADE E IDENTITARISMO: UMA GRANDE FARSA IDEOLÓGICA DO CAPITAL DO SÉCULO XXI

 


A Pós-modernidade, com sua vulgata irracional da decolonialidade, é uma grande e confortável fantasia maniqueísta da História, como se estivéssemos numa redoma do tempo e congelados no Brasil colonial, perfazendo um romanceiro de Pindorama.

Em todo o texto (vide o link abaixo), nenhuma palavra do autor sobre o capitalismo ou sobre sua existência no mundo, nenhuma crítica, nada, zero!... Bizarro!

Aliás, para a tropa de arautos identitários da fantasia mística decolonial, o capitalismo e suas aberrações sociais, os trabalhadores e as lutas de classes nunca existiram no planeta!

O "apagamento" (usando um bordão da moda!) da História, a partir do século XVIII, é assustador devido a tamanha grosseria destas pseudos-teorias decoloniais que se propõem a serem, de forma megalomaníacas, "revolucionárias e libertadoras".

Nesta linha irracionalista e delirante do pensamento pós-moderno que mistura rancor, negacionismo e ódio da História pela deturpação decolonial, só e, somente só, existiram (e existem!) foucaultianas "opressões" étnicas-raciais, racismo, "corpos oprimidos" e machismo! Todas as demandas e adversidades universais se convertem em maleáveis e inesgotáveis "preconceitos" e, portanto, os "culpados" (leia-se, "todos os brancos", seja lá o que signifique isto, em um Brasil estruturado pela miscigenação étnica) deverão ser punidos! 

Se não bastassem as loucuras maniqueístas decoloniais, há uma "tese" da seara do charlatanismo, tão cretina quanto insana, que afirma existir, historicamente e por séculos, um suposto "pacto de branquitude" de todos os tais "brancos" do Brasil contra os "negros". Além da sordidez desta falácia que é inexequível, tamanho "pacto" que só se imagina em uma teoria fantasiosa da conspiração, é de uma infantilidade medonha e grotesca.

É sempre muito mais confortável assassinar o pensamento crítico e arranjar fáceis "culpados" pelas agruras do mundo. Pois bem, para o estábulo decolonial, tudo é culpa do espantalho criado por uma imagética sensacionalista da matriz "homem-branco-hetero-eurocêntrico".

Sem nada substancial para propor, basta pregar mentiras e distorções da realidade. Os bordões decoloniais é um vazio de idéias, nada além de "culpa" cristã e culpados que deverão arder na fogueira decolonial... Tudo bem simples, binário e simplório, sem gastar nenhum dos neurônios. Ponto final!

Fica muito nítido os motivos pelos quais o Grande Capital injeta, sistematicamente, grande quantidade de dinheiro e influencia políticas públicas para patrocinar arautos da picaretagem que se propõem a serem parlapatões revisionistas da História.

Ademais, todo o sectário e nazista catecismo identitário "antirracista" e afins de supremacia raciológica dos trópicos está tomando espaço na Educação e na sociedade, em todos os seus âmbitos, produzindo uma geração de alienados e serviçais úteis para o capital.

Afinal, antes de embarcar na montanha russa do sanatório decolonial, é importante para compreender o mundo atual, quais os motivos que o Grande Capital se "interessa" por teses ficcionais da História, produzidos por fascistas clássicos, neofascistas e, agora, os atuais identitários decoloniais.

(Wellington Fontes Menezes)

 

👉 PARA SABER MAIS: https://outraspalavras.net/descolonizacoes/decolonizalizacao-o-desafio-do-pensamento-outro/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O SEQUESTRO DA RAZÃO

  A Psicanálise, como criação de uma reflexão à partir da sociedade burguesa, tal como ferramenta seminal de Sigmund Freud, é de fundamental...